domingo, 7 de agosto de 2016

O Índio e o Grilo

        Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo. Os seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo. Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, as pessoas falando em voz alta. Mas de repente o índio disse:

- Ouço um grilo...
O amigo espantado retrucou:
- Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!
O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu cicerone pela mão, 

levou-o até um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto.
- Como?
- Perguntou o amigo, ainda sem crer.
O índio pediu-lhe algumas moedas, e então as jogou na calçada. Quando elas caíram 

e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou:
- Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho. 

As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionados a reagirem 
a esse tipo de estímulo. Depois arrematou:
- A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir.
Vivemos em um mundo materialista. A vida nos impõe que sejamos muitas vezes duros. 

Acabamos nos tornando céticos. A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles 
que tem o ouvido sensível. Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma 
inquieta não nos permitem perceber o Divino. Treinamos os nossos sentidos para reagir 
apenas aos impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só se percebem com 
o espírito. Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o 
sussurro de DEUS."

Que possamos estar sempre sensíveis e atentos ao sussurro 

de Deus na nossa vida!

(Autor Desconhecido)